Grupo
História
do Rádio
Rádio Philco Capelinha
90 de 1931
Campus
São Paulo – SP
2018
Universidade
Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade - UATI
Integrantes:
*Edgard Costa Medrado
*Gerson Takatoshi Eguchi
*Helena Maria F. Silva Rocha
Coordenadora:
Prof.ª Claudia Aizen
História
do Rádio
Rádio Tombstone,
fabricante Zenith Radio 1937
São
Paulo – SP
2018
Universidade
Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade - UATI
História
do Rádio
Rádio de 1936, em
madeira, AM e Ondas Curtas
Trabalho
apresentado como contribuição aos companheiros de convívio e aprendizado em
áreas de saúde, culturais, comportamentais, espirituais; enfim às atividades afins
da Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade Federal em São Paulo.
A
História do Rádio apresenta um enfoque à lembrança, rememoração de
acontecimentos, aos bons momentos vividos em nossa tenra idade, contando seu
histórico, desde sua criação, sua época de ouro, sua queda e visão do futuro do
rádio.
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Paulo – SP
2018
Universidade
Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade - UATI
Sumário Página
1 - Capa
1
2 - Relação de Integrantes
2
3 - Justificativa
3
4 - Sumário 4
5- Agradecimentos
5
6 – Cronograma de Atividades 6
7 – Justificativa/Pesquisas 7
8 – No Ar o Rádio Brasileiro
9
9 – Linha do Tempo – Década de 20 a Século XXI 10
10 – Pesquisa – Resultados
16
11 – Pesquisa – Considerações
20
12 – A Era de Ouro do Rádio 22
MPB na Era
do Rádio (22), Era Vargas (23), Rádio Novelas (26)
Esportes,
Futebol (26), Revista do Rádio (28)
13 – Conclusão
29
14 - Bibliografia
31
15 – Anexos: Pesquisa
História do Rádio PPT 9 fls
São
Paulo – SP
2018
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Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade – UATI
Agradecimentos
A
Deus e ao plano espiritual que nos permitiram estar no seio de pessoas amadas e
nos ensinaram o aprendizado do convívio que traz paz à nossa alma.
À
Professora Claudia Ajzen, nossa professora e orientadora que nos ensinou, com
sua paciência e persistência o azimute e a inspiração da vida acadêmica na
terceira idade.
À Professora Sissy Veloso, suas estagiárias e aos demais
professores convidados que nos proporcionou variadas aulas e temáticas,
teóricas e práticas que tocaram no mais profundo de nossas almas e corações,
além de enriquecer nossa mente.
Aos
nossos colegas de estudo, pelo convívio, pelas suas experiências, pelas trocas,
pelas confidências, pelo seu bom humor e pela colaboração em nossa pesquisa de
campo que enriqueceram nosso trabalho.
Às
nossas famílias, que nos suportaram e auxiliaram, no decorrer deste ano, para
podermos participar das aulas e trabalhos, com paciência e amor em todos nossos
momentos.
São
Paulo – SP
2018
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Aberta à Terceira Idade – UATI
Cronograma
de Atividades – História do Rádio
|
|||
Setembro
|
Dia
|
Dia
|
Atividades
|
terça
|
quinta
|
||
1ª semana
|
4
|
6
|
4 – cronograma – DISTRIBUIÇÃO DE
ATIVIDADES
|
2ª semana
|
11
|
13
|
11 - pesquisa de campo -
planejamento
|
3ª semana
|
18
|
20
|
18 – preparar storyboard
|
4ª semana
|
25
|
27
|
|
5ª semana
|
marcar visita ao MIS
|
||
Outubro
|
|||
1ª semana
|
2
|
4
|
|
2ª semana
|
9
|
11
|
9 – fechamento de pesquisa
de campo
|
3ª semana
|
16
|
18
|
18
|
4ª semana
|
23
|
25
|
25 - Treinamento
|
5ª semana
|
30
|
30 - Treinamento
|
|
Novembro
|
|||
1ª semana
|
1
|
Dia 1 – Entrega de
TCC
|
|
2ª semana
|
6
|
8
|
Dia 8 - apresentação
|
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Justificativa
Nosso grupo, composto
por três pessoas, por ser pequeno, decidiu em conjunto desenvolver o trabalho “
A História do Rádio”, por ser um
tema a nós comum em nossa infância e juventude e nos lembrar de nossa tenra
idade e imaginarmos ser comum a um grupo de pessoas como a de nossa comunidade
em escola de terceira idade, para procurar discutir, avaliar, comentar, sentir
o que o rádio representou em nossa vida.
Focamos desde a
invenção do rádio, por ser o primeiro instrumento de comunicação de massa, seu
desenvolvimento, seu apogeu ou “época de ouro”, sua decadência e sua
modernização e visão de seu futuro.
Este trabalho foi
desenvolvido de 2 formas:
1 – consulta a
jornais, revistas, livros e internet.
2 – pesquisa de
campo, através do formulário:
Pesquisa TCC “História do Rádio” 2018
Nome
(Opcional):__________________________________________________________
1.
Você ouvia rádio:
Desde criança ( )
Desde jovem ( )
Adulto ( )
Não ( )
2.
Se positivo, Gostava de ouvir (pode preencher 1
ou qte. que desejar):
Radionovela ( ) Músicas
( ) Notícias (
)
Esportes ( )
3.
Meu programa preferido era, ou é:
Indicar nome de programa (máximo 2) _______________________________________
4.
Meu apresentador(a), cantor(a), ator(a)
preferido era:
Indicar nome (máximo de
2)________________________________________________
5.
Você ainda ouve rádio: Sim (
) Não
( )
6.
Se sim, Gosta de ouvir (pode preencher 1 ou qte.
que desejar):
Radionovela ( )
Músicas ( )
Notícias ( )
Esportes ( )
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Paulo – SP
2018
Universidade Federal de São Paulo -
UNIFESP
Universidade Aberta à Terceira Idade –
UATI
7.
Se sim, ouve o rádio de que forma:
No rádio em casa
( ) no carro
( ) web rádio/internet ( )
Obs.:
|
1. Pesquisa efetuada em 18/10/2018 em
classe de aula
|
2.Questionário distribuído somente a
pessoas acima de 60 anos, alunos da UATI Unifesp SP
|
3. Universo: 30 pessoas
|
Através desse
processo de pesquisa, procurou-se identificar o quanto representou o rádio em
sua vida, em que fase de vida iniciou-se ouvindo o rádio. Suas preferências de
temas, programas, apresentadores, atores, enfim toda a gama de seu interesse.
Também,
a pesquisa abrangeu se atualmente ainda ouve o rádio, pois com o advento da
televisão nos anos 50, sua queda foi muito grande, perdendo sua hegemonia no
entretenimento doméstico.
Com
o desenvolvimento da tecnologia abre-se novos caminhos para expansão junto à
web, principalmente aos youtubers, que encontra o mundo ao seu alcance.
Sem
dúvida, o objetivo final é conhecermos “o mundo do rádio” e o que ele
representou e representa em nossas vidas e a afetividade que pode ser demonstrada
através de nossos sentimentos e lembranças.
Finalmente, apresentamos o trabalho
·
1 por escrito,
·
2 em vídeo e
·
3 em Blog “ História do Rádio”,
que
pode ser consultado a todo e qualquer momento, como todo o material pesquisado
e o trabalho final.
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Paulo – SP
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Universidade
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Aberta à Terceira Idade – UATI
“A
História do Rádio”
Som,
imaginação e sonhos, está no ar o Rádio Brasileiro!
No início do século passado, o Rádio revoluciona a vida dos brasileiros. E pouco depois surgiu a rádio comercial, que veiculava publicidade junto com seus programas como os spots e principalmente os jingles.
O rádio teve sua expansão mundial após a Primeira Guerra (1914-1918), quando houve grande desenvolvimento nos meios eletrônicos e de comunicação para fins militares, e se firmou como principal veículo de comunicação em massa.
A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 07 de setembro de 1922 em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, inaugurada pelo presidente Epitácio Pessoa.
Entre 1930 e 1940 marcaram a ascensão e auge do Rádio no Brasil, a chamada “Era de Ouro do Rádio”.
A era do rádio comercial surge a partir de 1932, quando o presidente Getúlio Vargas, através do Decreto 21.111, autorizou as emissoras a ter até 10% de sua programação sob a forma de publicidade. Até aquele momento o rádio era sustentado apenas por contribuições de seus próprios ouvintes (as Rádio Clubes), que eram os mesmos que ajudavam a fazer a programação.
A era do rádio comercial surge a partir de 1932, quando o presidente Getúlio Vargas, através do Decreto 21.111, autorizou as emissoras a ter até 10% de sua programação sob a forma de publicidade. Até aquele momento o rádio era sustentado apenas por contribuições de seus próprios ouvintes (as Rádio Clubes), que eram os mesmos que ajudavam a fazer a programação.
Com a permissão da publicidade, se plantou a raiz do modelo de rádio que a partir da década de 40 se consolidou no país, o rádio como veículo comercial.
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Linha do Tempo
História do Rádio
DÉCADA DE 20
O fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) leva a tecnologia,
antes de controle expresso das Forças Armadas, para a área comercial. David
Sarnoff, russo radicado nos Estados Unidos, sugere a concepção de uma caixa
receptora de música à Marconi Company para a venda ao público. A ideia não
vinga, mas estabelece um caminho futuro para o desenvolvimento do rádio como a
primeira mídia eletrônica de massa.
1922
|
Primeira transmissão oficial.
Realizada por ocasião da Exposição do Centenário da
Independência no Rio de Janeiro (07/09), com o pronunciamento do presidente
Epitácio Pessoa.
Seguida de audição de músicas, entre as quais, trechos da
ópera O Guarani, de Carlos Gomes. Em 2022, o rádio comemora seu 1º centenário
de implantação.
|
1923
|
Inaugurada a primeira emissora no Brasil: a Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro, por Edgard Roquette Pinto e Henry Charles Morize.
Cuja missão primordial é difundir a educação e a cultura.
Doada ao Ministério de Educação e Cultura em 1936, passa a
chamar-se Rádio MEC. Constitui o embrião do sistema de rádios educativas no
país.
Em homenagem a Roquette Pinto, a data do nascimento dele, em 25 de setembro (de 1884), é
instituída como o Dia Nacional da Radiodifusão.
|
DÉCADA DE 30
Com o golpe de Getúlio Vargas o rádio foi utilizado como
propaganda do governo. Neste período também surgiram diversas rádios de
notícias.
1930
|
Primeiras coberturas jornalísticas pelo rádio, durante a
Revolução de 30. Torna-se, nesta ocasião, conhecido o repórter e locutor
César Ladeira, pela Rádio Record, de São Paulo. Posteriormente, é considerado
a voz da Revolução Constitucionalista de 32, ao lado de Celso Guimarães da
Rádio Cruzeiro do Sul. Coube a Ladeira introduzir um novo modelo para o
rádio, com a contratação de um "cast" de profissionais com
remuneração mensal.
|
1932
|
Criado o primeiro jingle no rádio brasileiro pelo cartunista e
compositor Antônio Gabriel Nássara, com o refrão: “Oh, padeiro desta rua,
tenha sempre na lembrança. Não me traga outro pão, que não seja o pão
Bragança”. A padaria Bragança situava-se no bairro de Botafogo, no Rio de
Janeiro.
|
- Decreto-Lei 21.111 libera as emissoras para veicularem
anúncios.
|
|
- A Rádio Record de São Paulo realiza as primeiras propagandas
políticas do rádio brasileiro.
|
|
1933
|
Rádio Escola do Municipal do Distrito Federal, obra do
educador Anísio Teixeira, desenvolve aulas para o povo por intermédio do novo
veículo.
|
1935
|
O Presidente Getúlio Vargas, através do Departamento de
Propaganda e Difusão Cultural (DPDC), do Governo Federal, cria o programa
Hora do Brasil.
|
As rádios Kosmos e América, de São Paulo, são as primeiras a
apresentarem programas de auditório.
|
|
1936
|
Entra no ar a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, emissora que
por anos foi a mais ouvida em todo o Brasil.
|
1937
|
Programa Hora do Brasil (que alterou o nome em 1946 para Voz
do Brasil) passa a ser transmitido em rede nacional obrigatória. Nos anos 90,
algumas emissoras obtiveram liminares para alterar o programa para o horário
da madrugada.
|
1938
|
Formação da primeira rede nacional de rádios, a Rede Verde e
Amarela, liderada pelas Organizações Byngton, realiza cobertura esportiva
pioneira de um Campeonato Mundial de Futebol na França.
|
1939
|
Começam as atividades do Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), órgão que tem, entre outras finalidades, exercer censura prévia sobre
os programas radiofônicos.
|
DÉCADA DE 40
A partir da estatização radiofônica implantada por Getúlio
Vargas no final da década de 30, o rádio sofreu mudanças radicais. Neste
período também surgiram as primeiras redações jornalísticas voltadas para
o rádio.
1940
|
O governo do presidente Getúlio Vargas estatiza a Rádio
Nacional do Rio de Janeiro.
|
- As primeiras agências de publicidade começam a atuar e os
programas de rádio recebem patrocinadores como Coca-Cola, Gessy Lever,
Colgate, Esso, Goodyear, etc.
|
|
1941
|
Lançado para o professores do ensino secundário o programa
educativo Universidade no Ar pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
|
- O ano marca a primeira edição de O Repórter Esso, boletim de
notícias de cinco minutos, irradiado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e
emissoras de outras quatro capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Recife e
Porto Alegre).
|
|
- Também pela Nacional estreia Em busca da felicidade,
radionovela cubana, pioneira no gênero, que permanece até 1943 no ar. No
mesmo ano, é produzida Fatalidade, de Oduvaldo Viana, na Rádio São Paulo,
primeira radionovela criada no Brasil.
|
|
1942
|
Rádio Nacional amplia a potência, inaugurando estação de ondas
curtas com oito antenas voltadas para Estados Unidos, Europa e Ásia,
transmitindo para o exterior em quatro idiomas.
|
1944
|
Criada a Associação Brasileira de Rádio (ABR). A entidade
colabora para regulamentar a profissão de radialista e também com o
texto-base do Código Brasileiro de Radiodifusão. Em 1962, já contemplando a
televisão, foi instituído o Código Brasileiro de Telecomunicações.
|
1945
|
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o modelo de rádio
brasileiro, até então um mix europeu, passa a adotar o exemplo dos Estados
Unidos.
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1947
|
A Rádio Pan-americana de São Paulo é a primeira emissora a
dedicar-se continuamente a transmissões esportivas.
|
1947/1948
|
Montadas as primeiras redações jornalísticas especialmente
para o rádio. Em 1947, a Rádio Globo estrutura um departamento de notícias
para o noticiário O Globo no Ar. Em 1948, a Rádio Nacional implanta a Seção
de Jornais Falados e Reportagens.
|
- No final dos anos 40, início dos anos 50, ficam disponíveis
os primeiros gravadores magnéticos de rolo, para consumo doméstico.
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DÉCADA DE 50
O inicio da década é marcado pela chegada da televisão no
Brasil. Através da iniciativa de Assis Chateaubriand, proprietário do grupo
midiático Diários Associados, entra ao ar no dia 19 de Setembro em São Paulo a
TV TUPI. A primeira emissora televisiva do Brasil. Para concorrer com o novo
veículo, o rádio teve que se transformar.
1950
|
Inicia-se a concorrência com a Televisão e com a Era da
Imagem. É inaugurada a PRF-3 TV Tupi-Difusora, de São Paulo (18/9). Os
elencos e principais programas das rádios começam a se transferir para o novo
veículo. Ao rádio cabe flexibilizar, inovar na programação.
|
- A notícia recebe tratamento destacado. Vários radio jornais
e boletins noticiosos (sínteses) são elaborados pelas emissoras, buscando
igualar-se à audiência da Rádio Nacional. A iniciativa de Carlos Palut, com a
Rádio Continental, de criar unidades volantes (Comandos Continental) para que
os repórteres falassem direto do local dos acontecimentos, promove uma
revolução no rádio informativo.
|
|
- O rádio segmenta-se nos 30 anos seguintes e de uma
programação mais eclética (estilo que predomina nas televisões abertas de
hoje), especializa-se tanto nas emissoras de Amplitude Modulada (AM) quanto
nas de Frequência Modulada (FM). Os estilos variam a partir dos mais
populares, com esportes (predominantemente o futebol), polícia, até o
jornalismo com prestação de serviço, informações e música.
|
|
1954
|
Rádio Bandeirantes tenta um modelo inédito: a cada 15 minutos,
um é dedicado à transmissão de informações.
|
1955
|
Entra no ar a primeira rádio em FM, Rádio Imprensa, do Rio de
Janeiro, que comercializava a programação em supermercados, em lojas e em
escritórios.
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1957
|
Inaugurada a Rádio Guaíba de Porto Alegre uma das primeiras
emissoras a dedicar-se ao público classe AB, investindo no trinômio
música-esporte-notícia. Um ano depois, em 1958, transmite a Copa do Mundo, da
Suécia, sendo a primeira a contar com o retorno no estúdio
|
- Também entra no ar em Porto Alegre a Rádio da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, primeira emissora universitária AM do Brasil,
por obra de Antônio Alberto Goetze e Elyzeu Paglioli (18/11).
|
|
1957/1958
|
Organização do Sistema de Rádio Educativo Nacional (SIRENA),
pelo professor João Ribas da Costa, que contabilizou 47 emissoras na luta
contra o analfabetismo. Em 1963, foi incorporado à Rádio Educadora de
Brasília e extinguiu-se.
|
- São comercializados em nível internacional os primeiros rádios
receptores transistorizados com funcionamento a pilha.
|
|
1959
|
Rádio Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, uma das primeiras
emissoras a integrar a música e a notícia, inova ao lançar o Serviço de
Utilidade Pública (achados e perdidos).
|
DÉCADA DE 60
Nos anos 60, o rádio adquiria novas dimensões. Algumas emissoras
se dedicavam a ouvintes de classe A com músicas selecionadas, intercaladas com
noticiários políticos nacionais e internacionais.
1961
|
A renúncia do presidente da República Jânio Quadros deflagra
uma crise de governo. No Rio Grande do Sul, o governador Leonel Brizola
utiliza a Cadeia Radiofônica da Legalidade, com mais de uma centena de
emissoras liderada pela Rádio Guaíba, e garante a posse do vice João Goulart,
o Jango, na Presidência.
|
- Decreto presidencial regulamenta em 1961 o Movimento de
Educação de Base (MEB), criado por Dom Eugênio Salles, com supervisão da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), embora as ações da Igreja
neste campo já existissem desde os anos 50.
|
|
1962
|
Fundada a ABERT, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão (27/11).
|
- É instituída a propaganda política gratuita no rádio e na
televisão.
|
|
1963
|
Estabelecido o Código Brasileiro de Radiodifusão
|
1964
|
O golpe militar de 31 de março, que perdurou até os anos 80,
institui diversos atos institucionais que recrudescem a censura sobre os
veículos de comunicação até mesmo extinguindo alguns programas radiofônicos.
|
- No Rio Grande do Sul, é montada a Segunda Cadeia da
Legalidade para resistir ao golpe militar. É coordenada pela Rádio Difusora
de Porto Alegre, mas a tentativa não dá resultado.
|
|
- Os gravadores cassetes, lançados pela Phillips no início dos
anos 60, começam a chegar ao país.
|
|
1965
|
O Brasil é integrado ao INTELSAT, para transmissões de rádio e
televisão via satélite.
|
1967
|
Criado o Ministério das Comunicações e com ele o Departamento
Nacional de Telecomunicações (DENTEL), órgão encarregado de fiscalizar as
programações das emissoras de rádio e de televisão.
|
1968
|
As ligações em FM, utilizadas como links para transporte do
som dos estúdios aos transmissores, são proibidas. O governo decide
distribuir estes canais, visando a expandir o número de emissoras, o que efetivamente
ocorre em meados dos anos 70. A Rádio Difusora de São Paulo foi a primeira a
transmitir regularmente em FM no Brasil (02/12/1970).
|
1969
|
Rádio Cultura AM de São Paulo é estatizada, passando a fazer
parte da recém-instituída Fundação Padre Anchieta.
|
DÉCADA DE 70
1970
|
Emissoras oficiais e privadas transmitem o Projeto Minerva. O
programa é produzido pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da
Educação e Cultura, e gerado pela Rádio MEC, do Rio de Janeiro. (04/10)
|
1973
|
Lançado pelo governo o Plano Básico de Canais em FM com
incentivo à produção de radio receptores com faixa AM e FM. O número de
emissoras em FM aumenta. O padrão seguido é o dos Estados Unidos com
comunicadores de voz jovem, aplicando aos diálogos a informalidade, o humor,
além de promover sorteios de brindes e rodar muita música.
|
1975
|
Governo cria a Radiobrás (Lei 6.301, de 15/12).
|
DÉCADA DE 80
As rádios FM se consolidam como o novo canal de rádio. Graças
automatização das emissoras, é possível escutar músicas 24 horas por dia.
DÉCADA DE 90
Marcada por grandes acontecimentos e tragédias, o rádio teve
grande participação nas coberturas de grandes eventos como a Copa do Mundo de
1998.
1995
|
A web comercial brasileira começa oficialmente neste ano
(31/05), embora a primeira conexão tenha acontecido em 1991 e em 1994 a
Embratel tenha oferecido os primeiros contatos à rede mundial. Muitas
emissoras convencionais começam a experimentar as transmissões on-line pela
world wide web (www) que tornou possível acoplar som, imagem e vídeo, além
dos textos. As pioneiras a transmitirem a programação ao vivo foram a Gaúcha,
Jovem Pan, Eldorado e CBN.
|
|
1996
|
Rádio CBN, de São Paulo, passa a transmitir a mesma
programação do AM no FM, ampliando a audiência. A posteriori, a mesma medida
é aplicada no Rio de Janeiro. Experiência pioneira no gênero foi registrada pela
Rádio Eldorado em 1958.
|
|
SÉCULO XXI
Desde 1922, o rádio teve que se adaptar muito. Do transistor às
plataformas móveis, o rádio completa noventa anos em 2012 e enfrenta um
processo de reinvenção.
2000
|
- A transmissão por rádio tem um aliado e um concorrente. O
aliado é o telefone celular, cujos novos aparelhos oferecem o rádio em FM,
mas eliminam a transmissão em AM. O concorrente é constituído pelos tocadores
de música (Ipod, MP3, MP4, etc.). Este fato, aliás, já havia ocorrido com os
gravadores de fita de rolo e cassetes nos anos 60 e 70, o walkman nos anos 80
e os CD plays nos anos 90.
|
São
Paulo – SP
2018
Universidade
Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade – UATI
Pesquisa TCC
“História do Rádio” 2018
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1.
Você ouvia rádio:
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0
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Desde criança
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23
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Desde jovem
|
6
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Adulto
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1
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Não
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0
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2.
Se positivo, Gostava de ouvir
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Radionovela
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8
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Músicas
|
26
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Notícias
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16
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Esportes
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6
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4.
Meu artista preferido é
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5.
Você ainda ouve rádio:
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Sim
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27
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Não
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3
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6.
Se sim, Gosta de ouvir
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Radionovela
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0
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Músicas
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20
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Notícias
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15
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Esportes
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3
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Federal de São Paulo - UNIFESP
Universidade
Aberta à Terceira Idade – UATI
Considerações da Pesquisa
Procedemos a pesquisa
de campo, em que contamos com 30 pessoas entrevistadas, acima de 60 anos,
participantes da UATI-SP, Unifesp, de um universo de aproximadamente 70
pessoas, o que consideramos uma quantidade boa para qualificar nosso trabalho.
O objetivo do
trabalho é averiguar o que o rádio representava
antigamente e atualmente em sua vida,
em relação a lembranças, emoções, necessidades, que um aparelho de
comunicação possa ofertar.
Revelou a pesquisa
que o rádio, por ser o primeiro instrumento de comunicação massiva entre as pessoas, das
pessoas pesquisadas 100% ouviam/ouve rádio.
Dessas pessoas, 77% ouviam
desde criança e 20% desde jovem. Mostrando que o rádio acompanhou por toda suas
vidas desde criança, juventude, sua fase adulta e hoje. O que contribuiu para
seu desenvolvimento cultural, social e inclusive emotivo. Todas as informações
estão no resultado da pesquisa e nos gráficos.
A preferência das
pessoas entrevistadas era de 46% ouvir música, enquanto 29% notícias.
Quanto a preferência
de programas e apresentadores, atores e cantores foi feita de forma espontânea e de
livre informação. O que veio a demonstrar grande variedade de preferências. Estão
relacionados todos os nomes lembrados no gráfico. Foi sugerido indicar até 2
nomes em aberto.
Em relação às rádios
as mais ouvidas são: Rádio CBN, Jovem Pan, Nova Brasil e Bandeirantes.
Os destaques de
artistas por ordem alfabética foram: Agnaldo Rayol, Ângela Maria, Elis Regina,
Elvis Presley, Fiori Giglioti, José Paulo de Andrade, Músicas de MPB e The
Beatles.
Quanto a preferência
atual em ouvir o rádio os programas musicais tem a preferência de 53% e os
noticiários tem 39%. São ouvidos 57% o rádio em casa, no carro 33%, na web
rádio 10%.
A web rádio é a forma
mais moderna do rádio, pois acrescentou à forma tradicional a internet e agora
as imagens. Elas podem ser obtidas pelo You Tube.
Neste ano, durante as
eleições 2018, representou importante meio de informação, desvendando Fake News
e informações políticas mais atualizadas,
apresentando para mais de 180.000 assistentes. O mais importante foi “Os Pingos Nos Is”, da rádio Jovem Pan,
apresentado por Felipe Moura Brasil, Augusto Nunes e José Maria Trindade.
O que mostra, apesar
de termos a televisão como a grande mídia de comunicação, o rádio ainda está no
gosto de pessoas de faixa etária mais avançada. Existindo, ainda, rádios e programas especializados para atender a
demanda de músicas nostálgicas, anos 60 a 90, como por exemplo a Rádio Saudade FM 99,7, de Santos. Que,
por 3 anos teve 1 rádio executada
somente por pessoas da terceira idade, todas da Fundação Victório Lanza.
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Paulo – SP
2018
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Federal de São Paulo - UNIFESP
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Era de Ouro do Rádio
O rádio foi mais importante para a música popular brasileira do
que qualquer outro meio de difusão surgindo depois, inclusive a televisão. Esta
é uma das conclusões a que se chega com a releitura de "MPB na Era do
Rádio", livro do jornalista, de 1996, pesquisador e historiador Sérgio
Cabral, da Companhia Editora Nacional. Claro, antes do rádio havia o disco, mas
foi através das ondas radiofônicas que as antigas bolachas de 78 rotações por
minuto, até então ao alcance de poucos, começaram a chegar ao grande público. E
ao vivo, pois praticamente todo artista — dos menos conhecidos aos mais
famosos, como Carmen Miranda e o Rei da Voz, Francisco Alves — divulgava em
programas de rádio os sambas, marchas e valsas que tinha gravado em estúdio.
Francisco Alves – O Rei da Voz
Cabral traça as sucessivas etapas atravessadas pela radiodifusão:
a Rádio Clube do Brasil surgindo em 1924; as duas emissoras funcionando por
algumas horas, em dias alternados, uma e outra descansando no domingo; Getúlio
Vargas e a Revolução de 1930; o controle do rádio por uma comissão nomeada pelo
presidente; e a assinatura, em 1 de maio de 1932, da lei que autorizava as emissoras
a veicular propaganda comercial em seus programas.
A Era do Rádio foi o período de
maior sucesso do meio de comunicação. No Brasil, aconteceu durante a Era Vargas. Para que os feitos do governo e a imagem de Getúlio fossem difundidas de uma forma ainda mais abrangente,
foi instituída a Hora do Brasil, em 1934, em todas as rádios do país.
Chamada hoje de a Voz do Brasil, o
governo transformou o programa
em um importante aliado.
O Repórter Esso, importante programa de notícias do
Brasil que surgiu no rádio e depois foi para a televisão, foi criado em
1941 sob a supervisão do DIP –
Departamento de Imprensa e Propaganda e com auxílio de Getúlio Vargas, que
transmitiu o início da 2ª Grande Guerra Mundial.
E assim como as
transmissões radiofônicas deveriam exaltar Getúlio, as músicas não
fugiam à regra: letras que falavam sobre a ‘malandragem’ tiveram que ser
modificadas para serem substituídas por versos que valorizassem o trabalho, por exemplo. Nem os
sambas-enredo das escolas de samba fugiram da temática.
Quando se diz que Cabral faz mais do que se limitar à história do
rádio, é porque ele parte justamente desse último fato — que tira o rádio de
seu amadorismo cultural para a profissionalização de cantores, músicos, atores,
locutores, técnicos, produtores — e acaba por fazer um estudo da música popular
em geral, ainda que limitado a 143 páginas e a uma fase que termina quando a
bossa nova surge.
Esse estudo, sempre muito resumido, já vinha do capítulo dos
pioneiros, no qual são discutidos os gêneros musicais dos tempos do fonógrafo,
ou seja, do começo do século XX até o advento do rádio e, pouco depois, do
então moderno sistema de gravação elétrica que as fábricas de disco adotaram no
fim da década de 1920. Mas o panorama se amplia quando se aproxima da chamada
Época de Ouro, os anos 1930, quando a música popular brasileira realmente passa
a acontecer.
A partir desse ponto, há lugar para tudo: o cinema falado, os
espetáculos de palco e tela prestigiados pelos maiores cartazes do rádio, o
samba do Estácio, esse mesmo samba se afirmando como música nacional, a
marchinha e o carnaval, o Estado Novo e a presença da ditadura Vargas, o rádio,
a música, o artista. Segue-se o período da Política da Boa Vizinhança, Carmen
Miranda e o samba de exportação, a Segunda Guerra, o baião, os novos tempos de
paz e, neles, pelo caminho inverso, a influência da música americana sobre o
samba-canção de Dick Farney e seguidores. Na nova edição, há um capítulo sobre
o papel único que Dorival Caymmi desempenhou. como baiano e como carioca
adotado.
Além desses citados, vários cantores foram chamados de Rei ou
Rainha do Rádio, entre os quais Emilinha Borba, Marlene, Orlando Silva, Ângela
Maria, Dalva de Oliveira e Cauby Peixoto.
Carmen
Miranda entre Dorival Caymmi e Assis Valente:
três
dos principais nomes da Era do Rádio
Por fim, algumas palavras sobre a perda de espaço do rádio para a
televisão, cujo papel, porém, só foi marcante na época dos festivais,
competições musicas que resultaram na primeira geração de talentos depois da
bossa nova, em 1965. Esta é também focalizada, mas já então o rádio tem pouco a
ver com seu êxito, sobretudo no exterior. Afinal, Sérgio Cabral deixa claro
quais são os seus limites para o que considera princípio e fim do rádio no
Brasil. O fim, o dia 11 de janeiro de
1958 (pouco antes da chegada da bossa nova), quando Henrique Foreis, o
Almirante, "o maior radialista brasileiro de todos os tempos", sofre
um derrame, perde o controle da fala e sai de cena.
Como as
novelas de hoje, as rádio novelas ditaram moda e tornaram-se o passatempo
preferido do público. A primeira a ir ao ar foi "Em busca da
felicidade", que durou 3 anos e foi escrita por Leandro Blanco, em
adaptação de Gilberto Martins.
Um vento de
emoção varreu o país de norte a sul. Era a primeira autêntica história
seriada radiofônica, que marcou uma época, assinalando novos rumos,
abrindo novos horizontes, expandindo negócios e as oportunidades artísticas
brasileiras e que perduram até hoje nas novelas televisadas.
Famílias
inteiras acompanhavam os capítulos, que sempre traziam a história de um mocinho
valente, uma dama em perigo e um bandido mau.
O que as
tornavam mais especiais eram as ricas sonoplastias, que exigiam
atenção e também imaginação dos ouvintes.
Esportes - Futebol
Edson Leite, o Edson Pereira Leite,
fantástico narrador esportivo do escrete do Rádio da Bandeirantes de São Paulo,
durante os anos 50 e 60, morreu em São Paulo, no Hospital Nove de Julho, dia 22
de julho de 1983, vítima de infarto. Está sepultado no Cemitério da Consolação
(o primeiro da cidade de São Paulo).
Segundo Edson Leite Filho, morador hoje em
Araçatuba-SP, um de seus oito filhos, Edson Leite enfartou minutos depois de
ser comunicado pelo telefone por João Jorge Saad, presidente do Grupo Bandeirantes,
que ele estava nomeado e confirmado como novo Superintendente Geral de Produção
e Programação da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão. Emocionado, enfartou e
morreu.
Brilhante em várias emissoras de rádio e na saudosa TV Excelsior, Edson Leite entrou para a história do rádio ao narrar pela Rádio Bandeirantes a Copa de 1958 na Suécia, ao lado do também inesquecível Pedro Luiz. "Placaaaaaaaaaaarr ... na... Suéciaaaaa...". Quem não se lembra?"
A Rádio Bandeirantes deu 90% de audiência
no Ibope da época". lembra Salomão Ésper, hoje âncora do Jornal Gente, da
Rádio Bandeirantes AM de São Paulo.
Natural de Bauru-SP, onde nasceu no dia 4 de julho de 1926, Edson Leite deixou oito filhos (duas filhas já morreram). Ele teria hoje oito netos e dois bisnetos. Edson Leite teve também 14 amantes. Um recorde!
Edson Leite foi também narrador e diretor da Rádio Cultura, Rádio Excelsior, Rádio e TV Tupi, Rádio e TV Record, Rádio Difusora e pelo rádio, transmitiu também a Copa da Suíça, em 1954, ao lado de Paulo Planet Buarque.
Revista
do Rádio
Dentre as publicações da época, a mais famosa foi a Revista do Rádio. Era uma
revista de “fofocas”, cujo carro-chefe era a seção denominada Mexericos da Candinha. Nela, uma personagem criada pela
redação da revista, colocava notas sobre a vida pessoal dos artistas.
Dentre os artistas da Era do Rádio, Dalva de Oliveira foi considerada como uma das
maiores cantoras brasileiras. Com sua voz aguda e estilo marcante, ela teve uma
carreira de muito sucesso. Travou uma luta árdua com a imprensa, que a marcava
sem dó ou piedade, em relação a sua vida pessoal (casamentos, separação, família…).
São
Paulo – SP
2018
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Federal de São Paulo - UNIFESP
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Aberta à Terceira Idade – UATI
Conclusão
Este trabalho,
História do Rádio, foi prazerosamente concebido a partir de gostos pessoais, de
cada participante do grupo, pois a lembrança do tema sempre foi importante na
vida de cada um.
Foram várias fases de
nossas vidas e a do rádio. A cada fase representou lembranças vivas nos
corações e mentes, por tudo que nos acalentou, desde criança, passando pela juventude com seus anos rebeldes dos anos 60 e 70. Fase essa
áurea dos musicais no Brasil.
E, importante na fase
adulta com seus jornais e esportes, principalmente no trânsito com os engarrafamentos,
que foram crescendo a cada década. Hoje o rádio é importante pelos serviços
prestados.
Apresentamos a Linha
do Tempo, que representa cada década, sua evolução, apogeu e queda do rádio.
Culminando com visão do futuro do rádio.
Constatada
importância do rádio cientificamente, através de entrevistas a 30 pessoas de
nosso convívio, que demonstrou estarmos todos ligados ao rádio, os bons
momentos, as lembranças e a forma de utilização até os dias de hoje.
Importante registrar
a Era de Ouro do Rádio, através da história discorrida através da MPB, o fator
importante após a liberação de comerciais nos anos 30, que viabilizou a rádio
comercial, através de jingles, spots, os nossos comerciais de hoje.
O desenvolvimento das
Rádio Novelas, a fase dos Reis e Rainhas do Rádio, os programas de auditório, a
Revista do Rádio, onde vários artistas se consagraram e depois migraram para a
jovem televisão, nos anos 50 e 60 e onde começou sua decadência.
Os esportes,
notadamente o futebol teve na Copa de 30 sua primeira transmissão no rádio,
chegando ao seu ápice na Copa de 58, com o “escrete do rádio”, com a
transmissão do saudoso Edson Leite.
Já em 1962, durante a
Copa do Mundo o rádio dividiu sua audiência com a televisão. Que passou a
evoluir rapidamente.
Vivemos novos tempos,
a modernidade com os smartfones e internet fizeram desenvolver a ponto de se
chegar ao web rádio. Aumentando sua portabilidade e incorporando imagens.
O You Tube está
fazendo crescer esse segmento, incluindo nesse ramo, vários jornalistas que
estão saindo das redações dos jornais, rádios e da própria televisão.
Nesta eleição de 2018
foi muito importante divulgando, informando e esclarecendo dúvidas,
principalmente em função de muitas “Fake News” constantes em nossos meios de
comunicação.
Como já dizia, uma
parte de suas frases, um dos mais respeitados radialista e produtor de várias
emissoras de São Paulo, Hélio Ribeiro (1935 – 2000), apresentador do programa
“O Poder da Mensagem”:
“ Meu nome é rádio. Eu não envelheço, me atualizo.
Materialmente eu sou aperfeiçoado a cada dia que passa.” ...
“ Meu nome é rádio. Eu não quero ser mal entendido. Eu sou
apenas um instrumento. “ ...
“ Eu sou apenas um instrumento. Eu preciso de gente que me
entenda, me respeite e que me ajude a cumprir a minha missão. “ ...
“ Ah, com alegria, muita alegria... Se possível. “
São
Paulo – SP
2018
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Aberta à Terceira Idade – UATI
11 - Bibliografia:
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na Era do Rádio", livro de Sérgio Cabral, 29/10/2018
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